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Egito promete legislação mais dura após assassinato de procurador-geral

O procurador morreu após um ataque contra seu comboio em um bairro nobre da capital egípcia

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, prometeu nesta terça-feira uma legislação mais dura para "lutar contra o terrorismo", após a morte do procurador-geral do país, em um ataque a bomba. "A mão da justiça é impedida pelas leis. Não vamos mais esperar. Vamos alterar a legislação para permitir-nos fazer justiça rapidamente", declarou Sissi em um discurso exibido pela televisão durante o funeral de Hisham Barakat.

[SAIBAMAIS]Na segunda-feira, o procurador-geral do Egito não resistiu aos ferimentos poucas horas após um ataque contra seu comboio em um bairro nobre da capital egípcia. Desde que Sissi, então comandante do exército, depôs o presidente islamita Mohamed Mursi, em julho de 2013, grupos jihadistas aumentaram os ataques contra as forças de segurança, dizendo agir em retaliação à repressão sangrenta que se abateu sobre os pró-Mursi.

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Hisham Barakat, de 64 anos, é a autoridade mais importante a ser morta em represália à violenta repressão. Mais de 1.400 pessoas, em sua maioria islamitas, foram mortas na repressão as manifestações da oposição, enquanto milhares de outras foram presas. Centenas também foram condenadas à morte em julgamentos em massa, considerados pela ONU como "sem precedentes na história recente".

"Não vamos esperar 5 anos, 10 anos para julgar as pessoas que nos matam", protestou Sissi, ao lado de familiares da vítima. "Se houver uma sentença de morte, ela será executada", acrescentou antes de martelar: "A lei! A lei"

Desde 2013, a maior parte dos ataques jihadistas contra as forças de segurança ocorreram no norte do Sinai. O mais violento foi reivindicado por um grupo ligado ao grupo Estado Islâmico.