postado em 11/07/2015 08:52
A proximidade com o Paraguai, última etapa da viagem do papa Francisco pela América do Sul, levou muitos fiéis brasileiros, em especial de cidades próximas à fronteira, a se deslocarem para Assunção entre milhares de moradores de países vizinhos, motivados pela chance de acompanhar a chegada do pontífice. Francisco desembarcou ontem, debaixo de chuva, e foi recebido por dançarinos com uma festiva cerimônia de tradições guaranis. Eles foram acompanhados por um coral de 200 crianças de escolas públicas, que cantou músicas folclóricas. Do lado de fora do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, 60 mil jovens aguardavam o visitante, de mãos dadas, para formar um cordão humano pelo trajeto de 10km até o centro da cidade. Hoje, o pontífice celebra missa na cidade histórica de Caacupé, a cerca de 300km do Brasil.
De manhã, ainda na Bolívia, o papa visitou a prisão de Palmasola, a mais superlotada e perigosa do país, em Santa Cruz de la Sierra. Lá, defendeu a reinserção dos detentos na sociedade, enfatizando que ;reclusão não é o mesmo que exclusão;. Também pediu orações às 2,8 mil pessoas que o aguardavam no pátio da penitenciária, entre presos, familiares e funcionários. ;Rezem por mim. Eu também cometi meus erros. Também preciso de penitência;, disse o pontífice. ;Quem está diante de vocês é um homem perdoado. Um homem que foi e é salvo de seus muitos pecados. E assim é que me apresento.;
Francisco conversou com detentos, ouviu súplicas e distribuiu abraços e carinhos. ;Não tenho muito mais para dar ou oferecer a vocês, mas o que tenho e o que amo quero dar, quero compartilhar: Jesus Cristo, a misericórdia do Pai;, disse. Palmasola abriga atualmente cerca de 4,8 mil presos, assim como 120 crianças, que têm permissão para ficar ao lado dos pais, apesar de serem expostos a diferentes tipo de violência.
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