Agência France-Presse
postado em 16/07/2015 18:03
Kano - Duas explosões no mercado central de Gombe, no nordeste da Nigéria, nesta quinta-feira, deixaram ao menos 49 mortos e 71 feridos - disse à AFP uma fonte da equipe de socorristas."Levamos as vítimas para dois hospitais: o Hospital Federal e o Hospital Estadual. No federal, temos 35 mortos e 50 feridos e, no Hospital Estadual, há 14 mortos e 21 feridos. Então, no total, temos 49 mortos e 71 feridos", declarou a fonte, que pediu para não ser identificada, acrescentando que "os feridos se encontram em estado crítico e alguns podem não sobreviver".
A primeira explosão ocorreu às 17h20 (13h20 de Brasília) em frente a uma loja de sapatos, e a segunda, apenas dois minutos depois, nas proximidades, segundo Badamasi Amin, um comerciante que transportou três cadáveres. Ele relatou ter visto "vários mortos".
O também comerciante Ali Nasiru contou que havia "pessoas mortas espalhadas pelo chão". Segundo uma testemunha, a loja de sapatos estava repleta de clientes que realizavam compras para celebrar o fim do Ramadã, nesta sexta-feira.
"Estava a cerca de 70 metros do local (...) quando a primeira bomba explodiu diante da loja de sapatos. Havia muita gente naquele momento", disse Badamasi Amin à AFP.
"Corri com outras pessoas para ajudar as vítimas. Estávamos socorrendo os feridos quando ocorreu a segunda explosão, em uma loja de louças, exatamente em frente à sapataria. Há vários mortos e feridos".
Ali Nasiru, outro comerciante que estava próximo ao mercado, disse que chegou ao local logo após as explosões. "Vi uma cena de caos, havia pessoas mortas no chão, outros agonizavam". Segundo socorristas, entre as vítimas há muitas mulheres e crianças.
Nos últimos meses, Gombe foi alvo de atentados contra a rodoviária e o mercado. Em fevereiro, o grupo jihadista Boko Haram invadiu a cidade com centenas de combatentes e a ocupou por algumas horas.
Gombe se encontra ao sul dos estados de Borno, Yobe e Adamawa, os mais afetados pela revolta do Boko Haram, que nos últimos seis anos deixou mais de 15 mil mortos.