Agência France-Presse
postado em 16/07/2015 21:17
Londres - O governo britânico defendeu nesta sexta-feira a criação de um tribunal internacional para levar à justiça os responsáveis pelo abate, há um ano, do Boeing 777 da Malaysia Airlines sobre o leste da Ucrânia."Deve haver justiça para os 298 inocentes que perderam a vida. Isto requer um tribunal internacional, apoiado em uma resolução vinculante para os Estados membros da ONU com o objetivo de punir os responsáveis", declarou o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, cujo país é membro permanente do Conselho de Segurança.
"Qualquer tentativa de minar este processo privará as vítimas do direito à justiça e não deve ser tolerado", disse Hammond, recordando que dez britânicos perderam a vida na tragédia.
O Boeing 777 foi derrubado no dia 17 de julho de 2014, em uma zona próxima ao front das forças ucranianas e dos separatistas pró-Rússia. O abate matou as 298 pessoas a bordo, a maioria holandeses.
Logo após o incidente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou a resolução 2166, que exigia uma "prestação de contas" dos responsáveis e a cooperação de todos os Estados.
Malásia, Holanda e outros países se mostraram favoráveis à criação de um tribunal sob o amparo das Nações Unidas, mas a Rússia exerceu seu poder de veto como membro permanente do Conselho de Segurança.
Kiev e os países ocidentais acusam os separatistas pró-Rússia de utilizar um míssil terra-ar Buk, entregue pela Rússia, para derrubar o avião. Moscou nega a acusação e atribui a tragédia aos militares ucranianos.