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Agência recomenda duas pessoas na cabine e avaliação psicológica de pilotos

Normas são revistas após falhas que permitiram ao copiloto Andreas Lubitz derrubar o avião da Germanwings nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo

Agência France-Presse
postado em 17/07/2015 08:38
Bruxelas, Bélgica - A Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) recomenda que uma pessoa não seja deixada sozinha na cabine e que os pilotos sejam submetidos a uma avaliação psicológica antes de sua contratação, segundo um relatório publicado nesta sexta-feira (17/7) quase quatro meses após a tragédia da Germanwings.

A agência, encarregada pela Comissão Europeia para analisar as falhas que permitiram ao copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, derrubar voluntariamente o avião da Germanwings nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, também recomendou que os testes anuais surpresa dos pilotos incluam controles de alcoolemia e de drogas.

[SAIBAMAIS]A presença permanente de duas pessoas na cabine, que não é obrigatória nas normas comunitárias, já havia sido recomendada pela AESA após a tragédia, mas de maneira temporária. A agência recomenda manter esta regra, aplicada amplamente pelas companhias europeias, de maneira voluntária.



A Comissão Europeia deverá analisar se esta medida, assim como o resto das recomendações da AESA, deve ser obrigatória, informou uma fonte europeia. Segundo o grupo de especialistas da agência, as outras melhoras envolvem sobretudo os critérios de vigilância médica dos pilotos.

Além da avaliação psicológica de "todos os pilotos" e a detecção do eventual consumo abusivo de álcool e de drogas, os especialistas propõem a criação de uma "rede de vigilância médica" dos pilotos, e uma base de dados sobre seu acompanhamento médico.

O objetivo "é facilitar o acesso às informações" e descobrir eventuais problemas de saúde não declarados, disse a agência. "Foi feito um esforço particular para alcançar o equilíbrio entre o sigilo médico e a segurança", afirma a agência.

Os especialistas elaboraram este informe em paralelo à investigação do Escritório de Investigação e Análises francês (BEA em inglês), cujo relatório definitivo será finalizado em 2016. Segundo os investigadores, o avião A320 foi lançado contra as montanhas pelo copiloto Andreas Lubitz, que havia se trancado na cabine. Lubitz havia sofrido no passado de graves problemas psicológicos.

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