Washington, Estados Unidos - O jovem atirador que matou quatro fuzileiros navais americanos na quinta-feira na região de Chattanooga, no Tennessee, se inspirou no grupo Estado Islâmico (EI), disse nesta sexta o presidente da comissão de segurança interna da Câmara de Representantes.
"Os alvos são idênticos aos propostos pelo EI. Então, para mim e segundo minha experiência, trata-se de um ataque inspirado no EI", revelou Michael McCaul, legislador republicano do Texas.
O atirador, que morreu durante o tiroteio, foi identificado como Mohammad Yussuf Abdulazeez, 24 anos, segundo o FBI, que "abriu uma investigação por terrorismo, o que é muito significativo", recordou McCaul.
Para o legislador, o que ocorreu em Chattanooga "pode acontecer em qualquer outro lugar". "A ameaça é real, vem da Internet, há uma nova geração de terroristas e já não são mais os mensageiros de Bin Laden".
A ameaça "vem pela Internet a partir da Síria, de militantes do EI, de recrutadores do EI, operadores do EI na Síria com endereços nos Estados Unidos para ativar pessoas" na América.
McCaul recordou que as autoridades americanas detiveram 60 pessoas ligadas ao EI no ano passado, "o que representa mais de uma por semana", e desarticulou "mais de 50 planos contra os interesses ocidentais".
Os especialistas em antiterrorismo se concentram nos deslocamentos de Mohammad Youssuf Abdulazeez, especialmente em sua atuação durante um mês na Jordânia em 2014, para determinar se visitou países vizinhos como a Síria, revela The Wall Street Journal citando fontes ligadas à investigação.
Segundo o agente Ed Reinhold, o FBI está "investigando todas as possibilidades: se é terrorismo, se é doméstico, se é internacional ou se é simplesmente um ato criminoso".
Os primeiros elementos das investigações revelam que Youssuf Abdulazeez começou a disparar em um centro de recrutamento dos marines em Chattanooga a partir de um carro, e depois atacou, 40 minutos mais tarde, um centro de reservistas da Marinha e dos Fuzileiros Navais, a dez quilômetros do primeiro ponto.
No centro de reservistas, disparou "longas rajadas". As imagens das televisões locais mostraram muitas marcas de balas nas paredes das instalações. Foi neste local que morreram os quatro militares.
Os mortos eram todos fuzileiros navais (marines). O ataque também deixou três feridos, um recrutador, um marine e um policial.
Youssuf Abdulazeez foi finalmente abatido no local pela polícia.
O atirador vivia em um subúrbio tranquilo com sua família, e aparentemente não tinha antecedentes.