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Agência France-Presse
postado em 17/07/2015 19:49

Nova York, Estados Unidos - Um carro-bomba foi detonado nesta sexta-feira no centro da localidade de Khan Bani Sad, ao norte de Bagdá, deixando pelo menos 35 mortos - informaram autoridades locais e fontes médicas.

"Temos 35 mártires e mais de 70 feridos", anunciou Mohamed Jawad al-Hamadani, membro do Conselho da província de Diyala.

O ataque aconteceu na zona do mercado de Khan Bani Sad, a 20 km de Bagdá, na véspera da festa que marca o fim do Ramadã. Enquanto os sunitas celebram nesta sexta, a comunidade xiita comemora no sábado.

"A explosão foi muito grande, causou muitos danos", afirmou Rad Fares al-Mas, membro do Parlamento de Baquba, capital de Diyala, perto do local da deflagração.

Entre as vítimas, estariam mulheres e crianças.

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As imagens transmitidas pela televisão iraquiana mostravam a área devastada, além de vários prédios próximos destruídos.

Os mercados costumam ficar cheios antes das festas, já que a comunidade se prepara para realizar reuniões familiares, comprando roupas e comida.

Em um fórum jihadista, o grupo sunita Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque.

"Nosso irmão Abu Ruqaya al-Ansari avançou com seu carro carregado com quase três toneladas de explosivos para onde estavam reunidas as milícias ;rafidha;", afirmou o EI em uma mensagem, na qual utiliza um termo pejorativo para se referir aos xiitas.

O EI afirma que muitos de seus ataques são contra membros das milícias xiitas, embora a maioria das vítimas seja civil.

O governo de Diyala declarou três dias de luto na província e cancelou as festividades previstas para celebrar o fim do Ramadã.

O Estado Islâmico assumiu ainda a autoria de outro atentado com carro-bomba, cometido na última terça-feira em Khalis, também em Diyala, 60 km ao norte de Bagdá.

Em janeiro, o governo do Iraque anunciou que as forças iraquianas haviam "libertado" a província, depois de o EI ter conseguido controlar amplas faixas de território do país na ofensiva lançada em junho de 2014.

Embora os jihadistas já não tenham posições fixas, continuam cometendo ataques com carros-bomba, atentados suicidas e outras operações.

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