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Pré-candidatos à presidência fazem campanha na Argentina

Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires e aliado de Cristina Kirchner, lidera as pesquisas de opinião

postado em 19/07/2015 08:00

Scioli obtém o respaldo de Cristina Kirchner e conta com chapa única

A três semanas das Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), pré-candidatos à Presidência argentina intensificam as campanhas. Com um discurso centrado na continuidade, o cabeça da chapa governista Frente para la Victoria (FPV), Daniel Scioli, lidera as pesquisas de opinião. Ante a insatisfação dos argentinos com a situação econômica do país e das diversas investigações judiciais contra membros do governo federal, a oposição se esforça em busca da união. Além de as prévias servirem de termômetro para as eleições gerais de outubro, analistas consultados pelo Correio acreditam que as primárias colocarão em teste a capacidade de articulação entre os grupos opositores.

As primárias argentinas funcionam como peneira para definir os candidatos que disputaram as eleições por cada um dos grupos políticos do país. Diferentemente dos governistas, que apresentaram apenas uma chapa para as prévias com Scioli, o expoente opositor Maurício Macri ; membro do Proposta Republicana (Pro) e atual chefe do governo da cidade de Buenos Aires ; disputará o posto de candidato oficial da coligação Cambiemos (;Mudemos;, em livre tradução) com outros nomes da centro-direita argentina. Entre os líderes das demais combinações apresentadas pelo grupo opositor estão Ernesto Sanz, da União Cívica Radical (UCR), e a deputada Elisa Carrió, da Coalizão Cívica ARI.

Apesar do favoritismo de Macri e de ser dada como certa a sua escolha para encabeçar a chapa do Cambiemos, Juan Lucca, cientista político da Universidade Nacional do Rosário, considera que as primárias são o primeiro teste para avaliar como as distintas legendas que se uniram para formar a coalizão se comportarão, na condição de grupo. ;Essa é uma chapa muito heterogênea; é uma coligação quase conjuntural, formada apenas para estabelecer uma oposição mais forte;, observa. Segundo Lucca, o diálogo e a manutenção da aliança entre os liberalistas do UCR e os centristas da ARI não deve ser fácil. ;Eles não possuem uma linha programática clara e são partidos bem diferentes;, destaca. ;A única forma que você tem de juntar a água e o óleo é em uma salada, e é assim que tem sido;, compara.

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Segundo o jornal argentino Clarín, Macri tentará manter a união entre os opositores com um programa eleitoral focado em um discurso contundente contra o governo. A direção da campanha do pré-candidato promete apresentar propostas em cada uma das áreas da administração federal e responder aos ataques governistas.

O chefe do governo da cidade de Buenos Aires considera prioritário responder aos impasses econômicos que causam pobreza e exclusão social. Segundo Macri, a economia argentina está ;apertada por todos os lados e cheia de armadilhas;.

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