Agência France-Presse
postado em 20/07/2015 15:19
Bruxelas, Bélgica - Os 28 membros da União Europeia (UE) alcançaram nesta segunda-feira (20/7) um acordo para ajudar a Grécia e a Itália a gerenciar o fluxo de requerentes de asilo, mas ofereceu pouco mais de 32 mil vagas, sem alcançar as 40 mil solicitadas pela Comissão Europeia."Temos um resultado, mas ainda não atinge" o montante solicitado pela Comissão, declarou a secretária de Estado alemã, Emily Haber, ao deixar a reunião com os ministros do Interior, em Bruxelas.
A reunião ministerial tinha como ambição distribuir nos próximos dois anos até 40.000 requerentes de asilo que chegaram na Grécia e na Itália, os dois países mais expostos à pressão migratória.
A Comissão havia definido quotas para os 28 membros da UE. Estes seriam responsáveis pela organização do acolhimento dos requerentes de asilo.
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Mas muitos países se opuseram. Os mais reticentes, Hungria e Áustria, não apresentaram propostas. Eslováquia, Eslovênia, Espanha e os países bálticos se ofereceram para receber um número muito inferior ao solicitado pela Comissão.
"A Espanha está agindo com responsabilidade e solidariedade", declarou o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernandez Diaz. Madri ofereceu 1,3 mil vagas das 4.288 que pedia a Comissão, que chegou a esse número com base em critérios como o PIB e a população de cada país.
"É bem abaixo do que a Comissão havia exigido", admitiu Fernandez Diaz, explicando que Madri não tinha considerado o acordo "justo", porque não ponderava os esforços da Espanha para conter o fluxo de imigrantes.
Uma fonte diplomática disse que "países como a Espanha, República Checa e Hungria dificultam a distribuição dos requerentes de asilo".
A UE voltará a discutir a questão em uma reunião em dezembro, a fim de alcançar a cifra reivindicada pela Comissão.