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Colômbia celebra independência com início de trégua das Farc

Selar a paz na Colômbia é a grande meta do presidente, reeleito há um ano com a missão de acabar com um conflito interno que em cinco décadas já deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocado

Agência France-Presse
postado em 20/07/2015 19:28

Bogotá, Colômbia - A Colômbia celebrou nesta segunda-feira (20/7) sua independência com o início da trégua da guerrilha das Farc, que se espera leve a um cessar-fogo bilateral e definitivo das hostilidades para acabar com mais de 50 anos de conflito armado.

Santos, artífice do diálogo com as Farc iniciado em novembro de 2012 em Havana, abriu um novo período legislativo no Congresso, quando se cumprem 205 anos do Grito da Independência.

"Neste dia da pátria quero convidar o país, os 48 milhões de colombianos e seus líderes ; muitos dos quais estão aqui neste recinto da democracia ; para serenar os espíritos e depor as armas entre nós", disse o presidente.

"Se em algo precisamos estar unidos, é neste ponto. Se algo deve unir as forças vivas do país é a paz", assinalou Santos ao se dirigir aos "contínuos críticos" das negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

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"Assim como hoje termina o último e mais longo conflito diplomático do hemisfério ; graças ao diálogo ; está em nossas mãos terminar o último e mais longo conflito armado do continente", disse Santos sobre a "histórica" reabertura das embaixadas de Estados Unidos e Cuba em Havana e Washington.

"Esta é a hora de avançarmos unidos e de não perdermos tempo brigando entre nós. "Chega de confrontos inúteis" - declarou o presidente.

Em sua mensagem aos colombianos no exterior por ocasião da festa da independência, Santos destacou que "segue vigente o desafio de se obter a paz".

"Apesar das dificuldades e tropeços, vamos seguir fazendo tudo de nossa parte para que este conflito que tem afetado muitos de vocês - inclusive vários obrigados a abandonar o país - termine para sempre", disse no site da Presidência.

Selar a paz na Colômbia é a grande meta do presidente, reeleito há um ano com a missão de acabar com um conflito interno que em cinco décadas já deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.

A nova trégua das Farc chega após o recrudescimento da violência nos últimos dois meses e depois da suspensão, em 22 de maio, do cessar-fogo unilateral adotado pela guerrilha em dezembro.

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