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ONG acusa exército sul-sudanês de queimar pessoas vivas em guerra civil

Algumas das 174 pessoas entrevistadas também relataram ter visto soldados castrar um homem e um adolescente de 15 anos

Agência France-Presse
postado em 22/07/2015 11:38

Nairóbi, Quênia - O exército sul-sudanês passou por cima de civis com seus tanques e queimou pessoas vivas em uma guerra civil que já dura um ano e meio, denunciou a ONG Human Rights Watch. O relatório da ONG detalha as atrocidades cometidas pelas forças governamentais e denuncia os ataques sistemáticos contra civis, que constituem crimes de guerra.

[SAIBAMAIS]As atrocidades foram cometidas pelas forças governamentais com a ajuda de uma milícia da etnia bul nuer, informa a HRW. Testemunhas relataram casos de parentes esmagados por tanques, pessoas com os corpos retalhados por machados e pessoas fuziladas, enforcadas e queimadas vivas. Algumas das 174 pessoas entrevistadas também relataram ter visto soldados castrar um homem e um adolescente de 15 anos. Por ora, o governo não respondeu às acusações da HRW.


Os combates começaram em dezembro de 2013 na capital, Juba, quando o presidente Salva Kiir, da etnia kinka, acusou seu vice, Riek Machar, da etnia nuer, de querer dar um golpe de Estado. A rivalidade política degenerou rapidamente em um conflito étnico marcado por uma divisão no exército e matanças entre as duas etnias, que causaram milhares de vítimas. Há também acusação de uso do estupro como arma de guerra e a utilização de crianças como soldados.

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