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Kerry defende acordo nuclear com o Irã ante comissão do Senado americano

Na terça-feira, o chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, também defendeu ante o parlamento de seu país o acordo nuclear acertado com as grandes potências

Agência France-Presse
postado em 23/07/2015 14:22

Washington, Estados Unidos - O secretário de Estado John Kerry defendeu com veemência o acordo sobre o programa nuclear iraniano ante o Congresso americano nesta quinta-feira (23/7), dizendo que "é um bom negócio par ao mundo" e que merece a aprovação dos parlamentares céticos.

As sanções sozinhas não teriam impedido que o Irã desenvolvesse as armas nucleares, afirmou Kerry ante a Comissão de Assuntos Externos do Senado.

"A verdade é que o plano de Viena oferecerá meios mais fortes, mais duradouros e mais amplos para limitar o programa nuclear do Irã do que qualquer outra alternativa de que se tenha falado", enfatizou.

Na terça-feira, o chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, também defendeu ante o parlamento de seu país o acordo nuclear acertado com as grandes potências, classificando o texto de "equilibrado".

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"Não deveríamos esquecer que todo acordo é uma negociação e que cada uma das partes abre mão de algumas de suas exigências para obter as que considera mais importantes, até que o acordo fique equilibrado", explicou Zarif.

Sua intervenção ante os deputados aconteceu um dia depois da autorização dada pelo Conselho de Segurança da ONU ao acordo concluído há uma semana em Viena entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) mais a Alemanha.

Segundo Zarif, "os objetivos-chave do Irã" foram alcançados". "As exigências das grandes potências eram para impedir que o Irã se dotasse de arma nuclear mediante limitações e controles. O que obtiveram, já existia", destacou.

"O maior êxito iraniano nas negociações foi obter o direito de continuar enriquecendo urânio para fins civis", acrescentou.

Apesar de o parlamento ser dominado por deputados conservadores e, em muitos casos, contrários ao acordo, o aval dado pelo guia supremo Ali Khamenei deve garantir o sim automático dos parlamentares.

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