Washington, Estados Unidos - Os Estados Unidos saudaram nesta segunda-feira (10/8) a libertação do ativista pelos direitos humanos e crítico do regime sírio Mazen Darwich, mas exigiram do governo de Bashar al-Assad o fim das perseguições e a liberdade para milhares de prisioneiros sírios.
"Pedimos ao regime sírio que abandone todas as perseguições contra Mazen Darwish", disse o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby.
Mazen Darwish, diretor do Centro Sírio para a Mídia e a Liberdade de Expressão "foi colocado em liberdade e um tribunal dará o veredicto final até 31 de agosto", revelou à AFP a esposa do ativista, Yara Bader.
Darwish, 41 anos, ficou detido por mais de três anos - com dois outros companheiros - sob a acusação de "apologia ao terrorismo", em função da lei antiterrorista.
O porta-voz da diplomacia americana aproveitou a libertação de Darwish para "condenar com firmeza a detenção, por parte do regime, de dezenas de milhares de sírios sem o devido processo".
"Mulheres, crianças, médicos, trabalhadores humanitários, defensores dos direitos humanos, jornalistas e outros são vítimas frequentes de atos de tortura, violência sexual e condições desumanas de detenção", afirmou Kirby.
Os Estados Unidos "continuam exigindo sua libertação imediata", concluiu o porta-voz.
Desde 2012, Washington defende, sem sucesso, uma "solução política" para o conflito sírio. O secretário americano de Estado, John Kerry, se reuniu na semana passada com seu colega russo, Serguei Lavrov, para conversar sobre uma saída política para a crise síria, após quatro anos de guerra civil.