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Japan Airlines lembra 30 anos de tragédia aérea com o Boeing 747

O Boeing 747 faria a rota entre Tóquio e Osaka, no oeste do Japão, e se chocou contra as montanhas de Gunma, meia hora depois da decolagem

Agência France-Presse
postado em 12/08/2015 10:10
Tóquio, Japão - Centenas de pessoas se dirigiram nesta quarta-feira (12/8) ao local onde caiu há 30 anos um Boeing 747 da companhia Japan Airlines (JAL), uma catástrofe que custou a vida de 520 pessoas e que constitui uma das piores tragédias aeronáuticas da história. No dia 12 de agosto de 1985, às 18h56 locais, um Boeing 747 que faria a rota entre Tóquio e Osaka, no oeste do Japão, se chocou contra as montanhas de Gunma, 150 km ao norte de Tóquio, meia hora depois da decolagem.

Todos os anos as famílias das vítimas se dirigem ao monte Osutuka para lembrar o acidente com o Boeing 747

[SAIBAMAIS]Este acidente foi a pior catástrofe aérea da história que envolveu apenas uma aeronave e segue gravada na memória dos japoneses. Apenas 4 passageiros sobreviveram. Durante o turbulento voo, com oscilações extremas, os passageiros perceberam que iam morrer e muitos deles escreveram no primeiro papel que encontraram suas últimas palavras.



O governo determinou na investigação que a tragédia se deveu a um reparo mal feito sete anos antes do acidente em uma divisória que separava a cabine pressurizada da parte traseira do avião. A peça rachou com o tempo e gerou uma ruptura dos sistemas hidráulicos do sistema de controle e do leme.

Todos os anos as famílias das vítimas se dirigem ao monte Osutuka para lembrar o acidente. Segundo as imagens da televisão, alguns iniciaram a subida com velas e adornos florais funerários. "Quando venho aqui tenho a sensação de que posso vê-la, é como se estivesse diante de mim", disse à imprensa local um homem de 81 anos que perdeu a filha no acidente.

O presidente da JAL, Yoshiharu Ueki, planeja participar da cerimônia, já que a empresa busca manter na memória o acidente e não quer que as questões de segurança sejam relaxadas. "Nunca vamos poder esquecer" este dia, disse à rede TV Asahi visivelmente emocionado Satoshi Iizuka, um ex-policial que foi o encarregado de identificar os corpos do acidente. O único acidente aeronáutico mais letal que este foi a colisão entre dois aviões nas Ilhas Canárias em 1977, que deixou 538 mortos.

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