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Tema da discriminação entra na agenda de pré-candidatos à sucessão de Obama

Ativistas que trabalham pelo fim da discriminação e da violência policial seletiva denunciam que as comunidades afro-americanas estão em estado de emergência



Com a passagem do primeiro aniversário da revolta provocada pela morte do jovem negro Michael Brown, baleado por um policial branco, a retomada das manifestações nas ruas de Ferguson (Missouri), na semana passada, serviu como lembrete de que a discriminação racial segue como questão pendente nos Estados Unidos. A revolta das comunidades afro-americanas que tomaram as ruas de diversas cidades, desde agosto de 2014, deu origem a movimentos organizados, cuja pressão começa a surtir efeito na campanha dos pré-candidatos à Casa Branca, na eleição de 2016.

A interferência de ativistas do movimento Black Lives Matter (BLM) em comícios de aspirantes à candidatura pelo Partido Democrata, em especial, provocou movimentação entre os organizadores das campanhas no campo governista. Embora os líderes políticos procurem mostrar disposição para trabalhar ao lado da sociedade civil, a abordagem dos presidenciáveis é considerada insuficiente para promover as mudanças demandadas pela sociedade.

Ativistas que trabalham pelo fim da discriminação e da violência policial seletiva denunciam que as comunidades afro-americanas estão em estado de emergência e reivindicam respostas concretas dos políticos. Apesar de a base eleitoral democrata ser demograficamente mais diversa que a da oposição republicana, o debate tímido sobre o tema entre os pré-candidatos governistas tem motivado a ação de manifestantes. Na semana passada, o senador Bernie Sanders foi impedido de discursar na cidade de Seattle (estado de Washington) por ativistas do BLM, que exigiam ;coerência; entre o discurso progressista do candidato e as propostas concretas.

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