Agência France-Presse
postado em 25/08/2015 07:53
Jerusalém, Undefined - Israel libertou nesta terça-feira (25/8) centenas de clandestinos africanos após uma decisão da justiça contrária à política governamental, que tenta conter a chegada dos migrantes. Os migrantes libertados - sudaneses de Darfur que fogem da guerra e da miséria - deixaram o centro de retenção de Holot, no deserto de Neguev, com grandes malas. Um total de 1.178 pessoas devem ser liberadas na terça-feira (25/8) e na quarta-feira (26/8), informou à AFP Sivan Weitzman, porta-voz da autoridade penitenciária. Quase 750 já deixaram o centro.[SAIBAMAIS]Mas os migrantes liberados não sabem para onde ir, depois que as autoridades proibiram a entrada nas cidades de Tel Aviv (oeste) e Eilat (sul) para impedir uma concentração de migrantes muito elevada e possíveis tensões com a população.
Após um decreto de 11 de agosto da Suprema Corte, Israel foi obrigado a liberar em um prazo de duas semanas os migrantes detidos há mais de um ano no centro. O tribunal invalidou um dispositivo que permite reter, sem julgamento, os ilegais por até 20 meses.
Segundo a ONU, Israel abriga 53.000 refugiados e demandantes de asilo. Muitos entraram no país ilegalmente pelo Sinai egípcio. Israel é considerado o único país com elevado nível de vida ao qual podem ter acesso a pé e concede o status de refugiado a conta-gotas, deixando a imensa maioria dos solicitantes à margem da sociedade.