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Massacre de Charleston: promotoria pedirá pena de morte para atirador

Em 31 de julho, Dylann Roof se declarou não culpado, diante de um juizado federal, de nove assassinatos, três tentativas e crime racista

Agência France-Presse
postado em 03/09/2015 19:42

Washington, Estados Unidos - A promotoria da Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos) encarregada do caso de Dylann Roof, acusado de crimes racistas pela morte de nove negros em sua igreja de Charleston em junho, anunciou nesta quinta-feira que pedirá a pena de morte.

"Foi um crime extremo e a justiça do nosso estado exige uma pena capital", indicou Scarlett Wilson em uma declaração breve, destacando, no entanto, que "tomar uma decisão tão séria, é uma responsabilidade imponente".

Dylann Roof, de 21 anos, é acusado de ter matado, em 17 de junho, nove paroquianos que estavam na comunidade negra, a Emanuel African Methodist Episcopal Church (AME) de Charleston, o que constituiu o pior massacre racista da história recente dos Estados Unidos.

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Roof é processado em níveis estadual e federal.

A promotora informou ter tido "muitos, muitos encontros com os sobreviventes e com famílias das vítimas".

"Todos estamos de acordo em que o perdão é parte importante do processo de cura, mas sabemos que o perdão não significa necessariamente renunciar às consequências, inclusive consequências graves", insistiu.

"Nenhum de nós tem vergonha no coração, mas todos estamos decididos a buscar e obter justiça neste assunto", acrescentou Wilson, ressaltando que as vítimas e famílias estão divididos sobre o pedido de prisão.

Em 31 de julho, Dylann Roof se declarou não culpado, diante de um juizado federal, de nove assassinatos, três tentativas e crime racista, em virtude da lei sobre os crimes motivados pelo ódio em função da raça ou da religião. Está previsto que seu julgamento federal inicie em julho do próximo ano.

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