Agência Estado
postado em 05/09/2015 11:17
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama deve enfrentar novos desafios para alcançar seu objetivo de aprovar no Congresso o acordo nuclear fechado entre as potências mundiais e o Irã. Na sexta-feira, o senador democrata Ben Cardin informou sua oposição ao tratado. Para o parlamentar democrata, líder da Comissão de Relações Internacionais, o acordo "legitima o programa nuclear do Irã".A posição de Cardin não afeta resultado final do acordo internacional criado para frear as ambições nucleares do Irã, em troca de alívios às sanções econômicas impostas ao país. A Casa Branca já conseguiu os votos necessários para assegurar a aprovação do projeto. Mesmo que o Congresso passe uma resolução rejeitando o acordo, quando votá-la neste mês, Obama pode vetar a resolução. Com o apoio dos parlamentares, o Senado não terá votos suficientes para derrubar o veto de Obama.
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No entanto, com o apoio assegurado, a Casa Branca começou a trabalhar em um objetivo ainda mais ambicioso, de conseguir votos suficientes para reprovar a resolução que rejeita o acordo com o Irã, o que impediria inclusive a votação final da proposta no Senado.
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Com o anúncio de Cardin, o governo ainda pode alcançar seu objetivo, mas conseguir o apoio necessário deve ficar ainda mais difícil. "Foi uma decisão difícil, mas após uma longa revisão da proposta, irei votar contra o acordo", escreveu Cardin em artigo publicado pelo The Washington Post. "Após 10 ou 15 anos, o acordo daria ao Irã a opção de produzir a quantidade necessário de combustível enriquecido para uma arma nuclear".
Nessa semana, Obama se reuniu com o rei da Arábia Saudita, Salman, na Casa Branca. O encontro, em parte, tinha como objetivo assegurar que o acordo assinado pelos Estados Unidos, Irã, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia também daria os recursos necessários para averiguar as ambições regionais do Irã. A Arábia Saudita tem apoiado o acordo com cautela, mas o país se mostra preocupado com os efeitos do tratado no Oriente Médio.