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Presidente do México aceita se reunir com pais de 43 estudantes mexicanos

Os estudantes estão desaparecidos há quase um ano

Agência France-Presse
postado em 07/09/2015 17:12
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, aceitou se reunir com os pais dos 43 estudantes desaparecidos no sul do México, que no domingo exigiram um encontro após tomarem conhecimento de um relatório que desmente a investigação oficial.

"Tenho total disposição para me reunir novamente com os pais (dos alunos da escola de Ayotzinapa) desde que estejam presentes todos" os especialistas independentes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que elaboraram o relatório, afirmou Peña Nieto durante evento público.

O presidente, que se reuniu apenas uma vez com os familiares dos estudantes, argumentou que tinha uma "invariável e permanente disposição para estar perto" dos pais, que no último ano percorreram o México, parte dos Estados Unidos e alguns países da Europa buscando apoio para encontrar seus filhos.

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[SAIBAMAIS]Peña Nieto se referiu às "diferenças" apresentadas entre o relatório dos especialistas independentes e a investigação oficial.

Enquanto a procuradoria argumenta que um importante número de estudantes foram incinerados em um depósito de lixo de Cocula (Guerrero), o relatório sustenta que não há evidência científica de incineração.

Tais diferenças poderiam "ser superadas com novas perícias que nos permitam ter maior certeza do que ocorreu ali", afirmou o presidente.

Após receberam o relatório de cerca de 500 palavras, os pais dos jovens pediram no domingo que Peña Nieto "se reúna cara a cara" para falar sobre o "crime de Estado".

Os estudantes desapareceram entre a noite de 26 e a madrugada de 27 de setembro imediatamente depois de terem sido baleados por policiais corruptos e supostos matadores de aluguel.

A duas semanas depois do primeiro aniversário deste crime que chocou o mundo e atingiu o governo de Peña Nieto, os pais dos alunos disseram que vão jejuar por 43 horas antes de liderar uma nova marcha em 26 de outubro para exigir justiça.

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