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Família de norueguês refém do Estado Islâmico não pode pagar resgate

O chefe da diplomacia norueguesa, Børge Brende, anunciou nesta quinta-feira que "estava excluída para a Noruega a opção de pagar um resgate"

Agência France-Presse
postado em 10/09/2015 15:00

Oslo, Noruega - A família do norueguês que o grupo Estado Islâmico afirma manter como refém pediu nesta quinta-feira (10/9) sua libertação, dizendo que não pode pagar o resgate cobrado pelos jihadistas.

O governo norueguês já descartou a possibilidade de pagar o resgate.

"De nossa parte, não temos condições de reunir a enorme soma que os sequestradores exigem. Nós só podemos apelar para que libertem o nosso filho e nosso irmão", indicou a família de Ole-Johan Grimsgaard Ofstad em uma declaração transmitida pelas autoridades norueguesas.

Em sua revista de propaganda Dabiq, o EI afirmou na quarta-feira que detém Grimsgaard-Ofstad, de 48 anos, bem como um chinês apresentado como Fan Jinghui, um consultor de 50 anos, e exigiu um resgate para a libertação da dupla.

Assim como o primeiro-ministro na quarta-feira, o chefe da diplomacia norueguesa, B;rge Brende, anunciou nesta quinta-feira que "estava excluída para a Noruega a opção de pagar um resgate".

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De acordo com o tabloide Verdens Gang (VG), a soma exigida seria de várias dezenas de milhões de coroas (vários milhões de euros).

"Continuamos nossos esforços partindo do pressuposto de que Grimsgaard-Ofstad ainda está vivo", disse Brende em uma coletiva de imprensa.

De acordo com as autoridades do país escandinavo, o norueguês foi sequestrado no final de janeiro, pouco depois de sua chegada na Síria.

Sua página no Facebook - na qual escreveu em 24 de janeiro que chegou em Idleb (noroeste) - contém muitos links para artigos sobre o conflito sírio e comentários críticos sobre a revista satírica Charlie Hebdo.

Brende disse que não irá especular sobre as razões que o levaram a visitar a Síria.

Em sua revista, onde os reféns foram fotografados em diferentes ângulos, o EI não estabelece um prazo para o pagamento do resgate.

O grupo ultrarradical atua principalmente na Síria e no Iraque, onde proclamou um "califado" nos territórios conquistados e onde multiplica suas atrocidades: sequestros, estupros, assassinatos, decapitações...

Seus membros, que usam imagens de suas atrocidades como elemento de propaganda, já exibiram vídeos mostrando a decapitação de vários reféns, cuidadosamente encenados pelos carrascos.

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