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Europa rejeita cotas defendidas pela Alemanha para receber imigrantes

Os germânicos defendem que sejam estabelecidas metas compulsórias para se compartilhar os refugiados entre os países da União Europeia

Agência Estado
postado em 11/09/2015 09:21
Os ministros das Relações Exteriores dos países da Europa Central disseram que rejeitavam o plano da União Europeia para estabelecer cotas obrigatórias para aceitar imigrantes em busca de asilo. A declaração foi feita em um encontro dessas autoridades com o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.

[SAIBAMAIS]O ministro das Relações Exteriores da República Checa, Lubomir Zaoralek, afirmou que "nós temos de ter o controle sobre quantos somos capazes de aceitar", em relação aos imigrantes. A Alemanha, que recebe a maior parte dos pedidos de asilo no continente, defende que sejam estabelecidas metas compulsórias para se compartilhar os refugiados entre os países da União Europeia. O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Miroslav Lajcak, disse que "nós temos uma visão diferente" do problema.

O ministro húngaro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, argumentou que a primeira e mais importante tarefa deve ser ganhar o controle das fronteiras da União Europeia. A Hungria está construindo uma cerca em sua fronteira com a Sérvia, em um esforço para impedir as ondas de imigrantes que chegam ao país. A Polônia também estava representada no encontro.



Steinmeier, por sua vez, disse que a UE precisa ir além da proposta já controversa de redistribuir 160 mil imigrantes. Segundo o ministro alemão, é preciso concordar com um "mecanismo justo de distribuição" para aqueles que já estão a caminho.

A Alemanha espera que 800 mil imigrantes cheguem neste ano ao país. Steinmeier também acrescentou que é preciso haver uma "comunicação europeia comum", em países onde os imigrantes dão crédito a rumores segundo os quais todos os imigrantes teriam direito a asilo ou um emprego garantido no continente.

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