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EUA analisa opções para pressionar Venezuela após condenação de López

O líder opositor foi condenado por promover a perturbação da ordem pública, danos à propriedade, incêndio e associação criminosa

Agência France-Presse
postado em 11/09/2015 18:59

Washington, Estados Unidos - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que analisam uma série de opções, em colaboração com os países americanos, para pressionar o governo da Venezuela pela condenação a 14 anos de prisão do líder opositor Leopoldo López.

"Certamente vamos considerar uma gama de opções enquanto trabalhamos com outros países do Hemisfério Ocidental para pressionar o governo venezuelano", disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest.

Washington buscará "assegurar que outros países do hemisfério priorizem não apenas o respeito, mas também a proteção dos direitos básicos dos cidadãos", destacou Earnest durante entrevista coletiva.

As medidas são avaliadas após o governo do presidente Barack Obama decretar, em março passado, sanções contra altos funcionários venezuelanos envolvidos em violações dos direitos humanos.

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"Penso, baseado na reação que observamos do governo venezuelano, que estas sanções tiveram sucesso em pressionar os líderes deste país", assinalou Earnest.

López, um economista de 44 anos com mestrado em Harvard, foi o principal promotor da estrategia conhecida como "La Salida", que tentou derrubar Maduro por meio da pressão nas ruas.

O líder opositor foi condenado por promover a perturbação da ordem pública, danos à propriedade, incêndio e associação criminosa.

"São acusações de motivação política", denunciou Earnest, que exortou o governo da Venezuela a libertar López e "todos os demais prisioneiros políticos injustamente detidos".

"Os problemas da Venezuela não serão resolvidos criminalizando a oposição".

O secretário de Estado, John Kerry, também repudiou a sentença contra López, assinalando que os Estados Unidos estão "profundamente perturbados" com o que chamou de uso da Justiça para "punir" dissidentes na Venezuela.

Mas o departamento de Estado reafirmou que manterá o diálogo com Caracas para melhorar as relações entre os dois países, sem embaixadores desde 2010.

"O mais importante, particularmente quando não se está de acordo com uma nação com a qual se tenta melhorar as relações, é conversar a respeito aberta e livremente".

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