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Empresa americana lança 'rifle cristão' para evitar uso por terroristas

O rifle "Cruzado" tem inscrita a laser a cruz dos Cavaleiros Templários e um salmo da Bíblia

Agência France-Presse
postado em 15/09/2015 12:50
Um fabricante de armas do estado americano da Flórida lançou um rifle com símbolos cristãos para evitar que o objeto caia em mãos de terroristas muçulmanos, o que levou um grupo muçulmano a acusa a empresa de estimular o ódio.

O rifle "Cruzado", que tem inscrita a laser a cruz dos Cavaleiros Templários - a ordem religiosa que combateu nas Cruzadas - e um salmo da Bíblia, é fabricado pela empresa Spike;s Tactical, com sede em Apopka, Flórida. "Queríamos garantir que a arma nunca poderia ser usada por terroristas muçulmanos para matar pessoas inocentes ou estimular sua agenda radical", disse o porta-voz da empresa, Ben Thomas.

A Spike;s Tactical também deseja garantir que o rifle, por ter símbolos cristãos, nunca seja enviado pelos Estados Unidos ao Oriente Médio, onde poderia terminar nas mãos de grupos terroristas, disse Thomas à AFP. "Fabricamos milhares de rifles todos os anos e decidimos que não queríamos que o governo os comprasse e enviasse para pessoas que machucam pessoas inocentes", afirmou o porta-voz, um ex-Navy Seal.



Thomas disse que desde o lançamento no início do mês o rifle tem uma "saída impressionante". "Nós vendemos todos nas primeiras 72 horas e agora há uma fila de espera de várias semanas", disse Thomas, que não revelou o número de unidades vendidas.

A arma recebeu críticas da organização Conselho para as Relações Islâmico-Americanas (CAIR) na Flórida. "Este é outro ardil publicitário para ganhar dinheiro com a promoção do ódio, a divisão e a violência", afirma a organização em um comunicado.

"Lamentavelmente esta nova arma não contribuirá para deter a verdadeira ameaça nos Estados Unidos: o problema da violência por armas de fogo", completa a nota. "Se acreditam que a palavra de Jesus Cristo provoca ódio, não entendem Jesus Cristo", respondeu Thomas, ao garantir que a empresa não é racista.

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