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Charlie Hebdo publica charge sobre menino morto na praia e causa polêmica

O semanário que ficou famoso após atentado terrorista e temas polêmicos agora trata de crise migratória no continente

postado em 15/09/2015 15:34
O semanário que ficou famoso após atentado terrorista e temas polêmicos agora trata de crise migratória no continente
A edição mais recente do jornal de sátira francês Charlie Hebdo, que ganhou notoriedade em janeiro deste ano após sofrer um atentado terrorista, chamou a atenção de leitores e internautas ao publicar duas charges sobre a crise de imigrantes na Europa. Uma delas faz referência a foto que viralizou nas redes sociais e comoveu o mundo: a imagem de Aylan Kurdi, o menino sírios de apenas 3 anos encontrado morto em uma praia da Turquia no início do mês.

"Tão perto;", diz a ilustração, que mostra uma criança com o rosto afundado na areia. Ao lado dela, um outdoor anuncia a promoção de lanches infantis, em referência às redes de fast-food. O desenho está na capa do semanário logo abaixo da frase "Boas-vindas aos migrantes".

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A outra charge publicada no Charlie Hebdo traz o título "A prova que a Europa é cristã" e retrata duas pessoas, uma que anda sobre a água e uma que está afundada. A primeiro diz que os cristãos caminham pela água, e a segunda fala que crianças muçulmanas se afogam.

As ilustrações foram feitas por desenhistas que sobreviveram ao atentado de 7 de janeiro. A sede da publicação, em Paris, foi atacada pelos irmãos Sa;d e Chérif Kouachi em protesto a uma edição do jornal que foi vista como um insulto aos muçulmanos. O tiroteio deixou doze mortos e mais onze feridos.

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