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Terremoto deixa 8 mortos e um milhão de pessoas abandonam casas no Chile

Muitas pessoas seguiram para as partes elevadas das cidades costeiras ante o alerta de tsunami

Santiago, Chile - O terremoto de 8,3 graus que sacudiu na quarta-feira (16/9) as regiões central e norte do Chile, matou oito pessoas. O tremor obrigou um milhão de habitantes a abandonarem suas casas, provocou um alerta de tsunami e deixou o país em pânico. Duas mulheres e três homens morreram, uma pessoa é considerada desaparecida e dezenas ficaram feridas no terremoto, que aconteceu às 19h54 (mesmo horário de Brasília). Muitas pessoas seguiram para as partes elevadas das cidades costeiras ante o alerta de tsunami, que permaneceu em vigor em muitas regiões durante a madrugada de quinta-feira (17/9).



Até no estado americano da Califórnia houve uma advertência de tsunami. "As pessoas corriam para todos os lados, não sabíamos para onde ir", contou Gloria Navarro, moradora da cidade de La Serena, no norte chileno, cuja costa foi evacuada diante do risco de tsunami. "Estávamos saindo do nosso prédio quando tudo começou a balançar, algo muito forte. O chão tremia com muita força", relatou Pablo Cifuentes, morador de Santiago, à rádio Cooperativa.

Pânico
O terremoto foi de longa duração e seguido de vários tremores secundários muito fortes. Em Santiago, capital chilena com 6,6 milhões de habitantes, o terremoto causou pânico e milhares de pessoas foram às ruas, constatou um jornalista da AFP. Os serviços básicos funcionavam normalmente em Santiago, do mesmo modo que a Internet, e o aeroporto foi reaberto após uma revisão das pistas.

Os telefones apresentaram problemas na capital chilena e o metrô suspendeu suas operações devido aos diversos abalos secundários, incluindo um tremor de 6,5 graus, segundo o CSN. O terremoto foi sentido em Buenos Aires, 1.400 km a oeste de Santiago, onde os prédios balançaram e várias pessoas entraram em pânico.

O abalo foi percebido em várias províncias argentinas, como Catamarca e Tucumán, no norte, Mendoza, oeste, e Córdoba, no centro do país. Em São Paulo, o abalo foi percebido nos prédios mais altos e os bombeiros receberam cerca de 50 telefonemas. Em 2010, a zona central do Chile foi sacudida por um terremoto de 8,8 graus com tsunami que deixou mais de 500 mortos.