Miami, Estados Unidos - Um amigo do jovem americano acusado de matar nove negros em uma igreja de Charleston, em junho passado, foi preso por mentir às autoridades sobre seu conhecimento do crime, informou o departamento da Justiça.
Joseph Carlton Meek, de 21 anos, é acusado de ter ocultado que estava ciente das intenções de seu amigo Dylann Roof e de ter mentido a agentes do FBI que investigavam o massacre ocorrido no dia 17 de junho em Charleston, Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos), indicou o comunicado do departamento.
Meek, que depois do crime deu entrevistas a meios de comunicação locais nas quais disse desconhecer as verdadeiras intenções de seu amigo, se declarou inocente nesta sexta-feira (18/9), um dia após ter sido preso em Red Bank, Carolina do Sul.
Roof, de 21 anos, é acusado de ter matado nove paroquianos que estavam na igreja emblemática da comunidade negra, a Emanuel African Methodist Episcopal Church (AME) de Charleston, no que constitui o pior massacre racista da história recente dos Estados Unidos.
Meek, que havia dito que costumava abrigar Roof em seu trailer, escondeu que sabia dos fatos e prestou "declarações falsas, fictícias e fraudulentas" aos investigadores, segundo documentos judiciais.
Se for considerado culpado, Meek pode enfrentar até 3 anos de prisão por ter ocultado informação e outros 5 anos por mentir às autoridades.
Procuradores da Carolina do Sul declararam que pedirão a pena capital contra Dylann Roof, que está sendo processado em nível estatal e federal.
Roof se declarou inocente perante um tribunal federal em julho de nove assassinatos, três tentativas de assassinato e crime racista em virtude da lei sobre os crimes motivados pelo ódio em função da raça ou da religião.
O julgamento federal está previsto para julho de 2016.