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Venda de coletes salva-vidas para migrar para a Europa dispara em Bagdá

Os vendedores alertam que os coletes vendidos são concebidos para piscinas e rios, e não para o mar mar, mas advertência não serve de nada

Agência France-Presse
postado em 21/09/2015 11:19
Bagdá, Iraque - A venda de coletes salva-vidas disparou em Bagdá devido à crescente demanda de iraquianos determinados a migrar para a Europa, mesmo tendo de enfrentar perigosas travessias marinhas. "A demanda de salva-vidas disparou", confirma Jawad Tawfik, proprietário de uma loja que há 30 anos vende artigos esportivos.

"Quero migrar para que qualquer lugar do mundo que seja melhor este país. Grécia, Alemanha, qualquer país, aqui não há vida, nem segurança, nem emprego", explica Ali, um dos compradores.



Para viajar para a Europa, o colete salva-vidas é essencial, já que nem sempre as embarcações precárias que levam os refugiados possuem o artigo. Milhares deles morreram afogados por não saber nadar. Além disso, o preço é mais barato no Iraque do que na Turquia, de onde começa perigosa travessia para a Grécia, país da União Europeia e porta de entrada para a Europa ocidental.

Os vendedores alertam que os coletes vendidos são concebidos para piscinas e rios, e não para o mar mar, mas advertência não serve de nada.

Para aumentar a possibilidade de sobreviver no mar, muitos candidatos à migração também estão fazendo curso de natação. No total, mais de 9.000 iraquianos conseguiram chegar à Grécia entre janeiro e agosto, o quinto maior grupo por nacionalidade, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

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