Mundo

Hungria aprova envio do Exército para lidar com imigrantes na fronteira

As forças de defesa da Hungria já estão presentes na fronteira sul do país, como parte de um exercício chamado "Ação Decisiva"

Agência Estado
postado em 21/09/2015 14:06
Os congressistas da Hungria aprovaram nesta segunda-feira (21/9) uma legislação que permite o envio do Exército para as fronteiras do país, a fim de lidar com a crise de imigração nacional. A norma, aprovada com votos da coalizão governista e da extrema-direita, também permite que a polícia realize atividades de inteligência no exterior, caso elas estejam relacionadas à imigração em massa, ao terrorismo ou a atividades que possam ameaçar a ordem pública no país.

[SAIBAMAIS]O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, pediu que a oposição apoiasse as leis "porque nós temos apenas um país e defendê-lo é dever de todos". Orban afirmou que a legislação era necessária para o país garantir a segurança de sua fronteira com a Croácia, onde mais de 10 mil pessoas entraram nos últimos dias e onde a Hungria está ampliando uma cerca para interromper o fluxo de pessoas. A cerca e leis mais rígidas em vigor desde o dia 15 mostraram-se efetivas para conter a imigração ilegal na fronteira húngara com a Sérvia, disse o premiê.

As forças de defesa da Hungria já estão presentes na fronteira sul do país, como parte de um exercício chamado "Ação Decisiva". As tropas estão lá em número tão grande que o ministro da Defesa, Istvan Simicsko, convocou no sábado alguns reservistas para trabalhar.



A nova legislação permite que o Exército permaneça nas fronteiras "até que a situação de imigração em massa termine", disse Lajos Kosa, parlamentar sênior do partido governista Fidesz. "As fronteiras da Hungria sofreram um ataque. Felizmente, não um ataque armado."

A Hungria tornou-se um país de trânsito neste ano para muitas pessoas que fogem de zonas de conflito no Afeganistão e no Oriente Médio. No fim de semana, 11.855 pessoas entraram no país, elevando o número neste ano para 224.235, segundo a polícia húngara.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação