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Esforços contra aquecimento global devem ser acelerados, diz ONU

O aquecimento global caminha perigosamente para um aumento de três graus

Agência France-Presse
postado em 21/09/2015 19:39
Nova York, Estados Unidos - A responsável pelo clima da ONU, Christiana Figueres, pediu nesta segunda-feira (21/9) que sejam acelerados os esforços para frear o aquecimento global que, segundo ela, caminha perigosamente para um aumento de três graus.

O alerta foi feito durante a contagem regressiva para a conferência internacional sobre aquecimento global (COP21) que será realizada em dezembro em Paris e tem o objetivo de fechar um acordo histórico entre 195 países para limitar as emissões de gases de efeito estufa.
Secretária Executiva da UNFCCC Christiana Figueres discursa durante Conferência Internacional de Mudanças Climáticas COP19 em Varsóvia, na Polônia
Figueres, secretária executiva das Nações Unidas para a Convenção Quadro sobre Mudança do Clima, admitiu que houve uma "melhora", já que pelo menos 64 países já formularam seus planos de ação - entre eles México e Colômbia. O Brasil ainda não divulgou suas propostas, mas deve fazê-lo na próxima semana em Nova York.



Estes planos de ação "agora nos encaminham a uma trajetória diferente da que tínhamos há alguns pouco anos, quando tínhamos uma tendência (a um aumento) de quatro a cinco graus", apontou Figueres. "Agora estamos no patamar de três graus".

A diretora falou durante a entrega dos prêmios concedidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que recompensou 21 iniciativas dos povos nativos ao redor do mundo sobre a luta contra o aquecimento global ou a proteção do meio ambiente.

Durante a cerimônia, o ator e ativista Alec Baldwin afirmou que os esforços destas comunidades mostram muitas formas diferentes de ajudar a alcançar o objetivo mundial de conter as mudanças climáticas. "Reconhecemos que (alcançar um acordo em Paris) não é uma missão impossível, embora seja uma missão crítica", afirmou.

A lista dos vencedores - que receberão cada um 10.000 dólares e uma viagem para assistir à conferência em Paris - inclui um grupo de índios caiapós, do sul do Pará, que usou câmeras de vídeo para documentar o desmatamento ilegal de 2,5 milhões de hectares.

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