Lagos, Nigéria - O exército nigeriano anunciou nesta quarta-feira (23/9) ter resgatado 241 mulheres e crianças durante operações contra insurgentes do grupo islâmico Boko Haram no nordeste do país.
As mulheres e crianças foram resgatadas na terça-feira (22/9) quando soldados esvaziavam o que o exército assegurou serem "campos dos terroristas" perto de Banki, no estado de Borno.
Segundo a Anistia Internacional, o Boko Haram raptou pelo menos duas mil mulheres e meninas na Nigéria desde janeiro de 2014.
Quarenta e três pessoas suspeitas de serem combatentes do Boko Haram, incluindo um comandante regional, foram presos nas operações de terça-feira, segundo o porta-voz do exército nigeriano, Sani Usman.
"O presidente (Muhammadu) Buhari garantiu a todos os nigerianos que os dias do Boko Haram estão contados", tuitou o porta-voz do chefe de Estado, Shehu Garba.
Buhari participará na quinta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, onde também participará de uma cúpula anti-terrorismo convocada pelo presidente americano, Barack Obama.
A cidade de Banki foi ocupada pelo Boko Haram e utilizada como base para conduzir ataques no vizinho Camarões.
Sani Usman disse à AFP que não estava claro se todas as pessoas salvas foram sequestradas pelo Boko Haram.
Interrogatórios "estão em andamento para descobrir o que realmente aconteceu. Algumas pessoas eram mantidas contra sua vontade, algumas eram membros da família", um dos insurgentes, informou.
Em maio, centenas de mulheres e crianças foram libertadas da floresta Sambisa, reduto do grupo armado islâmico no estado de Borno, enquanto cerca de 180 pessoas foram libertadas ao sul de Maiduguri, capital de Borno.
As declarações do exército, que seguem uma série de vitórias contra os islamitas, não puderam ser verificadas de forma independente.
O exército nigeriano afirmou no sábado ter avançado em sua contra-ofensiva contra a Boko Haram no nordeste da Nigéria, afirmações qualificadas pelo líder da organização islamita Abubakar Shekau como "mentiras".
O Boko Haram, que se aliou ao grupo Estado Islâmico (EI), aumentou seus ataques desde a posse de Buhari, em maio.