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Dilma pede reforma abrangente da ONU e livre fluxo de pessoas pelo mundo

A presidente destacou a crise dos refugiados na Europa, condenou o Estado Islâmico e pediu ainda o livre trânsito de pessoas pelo mundo



A ONU, porém, não conseguiu o mesmo êxito ao tratar de outros temas, como a segurança coletiva. "A multiplicação de conflitos regionais, alguns com alto potencial destrutivo, assim como a expansão do terrorismo, que mata homens, mulheres e crianças, destrói o patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio."

A presidente do Brasil defendeu a reforma "abrangente" do Conselho de Segurança, com ampliação de seus membros permanentes e não permanentes. Ao longo do final de semana em Nova York, Dilma tocou no tema e se reuniu com Alemanha, Japão e Índia, que junto com o Brasil, foram o G-4, grupo criado especialmente para pedir reformas no Conselho. "Para dar às Nações Unidas a centralidade que lhe corresponde, é fundamental uma reforma abrangente de suas estruturas."

A reforma da ONU, afirmou Dilma, é essencial para criar uma instituição mais forte, que lide com crescentes problemas da economia mundial. Ela mencionou o terrorismo e conflitos armados, que produzem outro problema, os refugiados. "Não se pode ter complacência com tais atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo Estado Islâmico e outros grupos associados", disse, mencionando o menino sírio encontrado morto em uma praia na Turquia e as 71 pessoas asfixiadas em um caminhão na Áustria

Aplausos

O Brasil, disse Dilma, é um País "de acolhimento", afirmando que a economia brasileira está de "braços abertos" para receber refugiados, momentos em que foi aplaudida pela plateia. A presidente destacou que o país tem recebido sírios, haitianos e no passado, vários europeus e asiáticos.

Dilma pediu ainda que não se pode "postergar a criação de Estado Palestino" e elogiou o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, bem como o acordo nuclear com o Irã.