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Reunião de Obama e Raul Castro se concentra no embargo a Cuba

Obama e Raúl Castro realizaram sua primeira reunião bilateral desde a abertura das embaixadas em julho passado após 50 anos de relações rompidas



A Venezuela também mantém uma disputa com a vizinha Guiana pela região de Essequibo, embora no domingo as partes tenham concordado com o retorno de seus respectivos embaixadores.

Além disso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chega à ONU em meio a uma grave crise econômica em seu país, refletida em uma alta inflação e longas filas para a compra de alimentos.

Por sua vez, o líder colombiano, Juan Manuel Santos, chega com a paz debaixo do braço, após seu governo alcançar um pacto de justiça com a guerrilha das FARC e em vista da assinatura de um acordo definitivo nos próximos meses.

Também vai discursar na Assembleia Geral o uruguaio Tabaré Vázquez, em seu primeiro discurso na ONU após seu retorno ao poder em março, depois de presidir o país entre 2005 e 2010.

Divergências sobre a Síria
A Assembleia Geral também se focou no conflito na Síria, após a reunião de segunda-feira entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, que, talvez, culminou com um acordo: o compromisso de continuar a conversar.

Putin assegurou que o "trabalho comum" entre os dois países deve ser reforçado, enquanto os países ocidentais abriram a possibilidade de uma maior cooperação com a Rússia para alcançar saídas para uma guerra que já dura mais de quatro anos e que deixou mais de 240.000 mortos.

Mas as divergências permanecem, especialmente sobre o futuro do líder sírio Bashar al-Assad. Neste sentido, Barack Obama afirmou que a derrota do grupo Estado Islâmico na Síria só será possível se o presidente Bashar al-Assad deixar o poder. "Derrotar o Estado Islâmico na Síria querer um novo líder", afirmou Obama na cúpula antiterrorismo que reúne cerca de cem dirigentes e acontece em paralelo à Assembleia Geral da ONU.

A Rússia, por sua vez, criticou a organização pelos Estados Unidos dessa cúpula antiterrorismo e disse que não participaria. De acordo com o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, citado pela agência de notícias Ria Novosti, a delegação russa vai se contentar em enviar um diplomata para "cobrir o evento", para o qual uma centena de países foram convidados.