Agência France-Presse
postado em 29/09/2015 14:47
Trinta mil estrangeiros viajaram ao Iraque e à Síria para se unir aos jihadistas desde 2011 e os Estados Unidos não conseguem deter os americanos que se unem a eles, advertiu nesta terça-feira (29/9) um relatório. Segundo o documento, 250 americanos se uniram ou tentaram se unir a grupos extremistas."O governo americano carece de uma estratégia nacional para combater os deslocamentos terroristas e não projetou uma em quase uma década", afirma o documento elaborado por um grupo de trabalho do Comitê de Segurança Nacional da Câmara de Representantes.
"O ritmo sem precedentes com o qual os americanos estão sendo recrutados por extremistas violentos coloca à prova as capacidades das autoridades federais para vigiar e interceptar" aqueles candidatos para viajar a um país em guerra, segundo o documento.
O documento descreve uma infraestrutura de segurança nacional mal equipada para enfrentar as múltiplas formas que os jihadistas estrangeiros têm para contactar e recrutar os americanos. A princípio, os combatentes estrangeiros viajavam à síria para combater Bashar al-Assad, mas agora "a maioria quer se unir ao grupo Estado Islâmico, com a vontade de formar parte do califado", segundo os parlamentares.
O relatório também critica as debilidades europeias em matéria de vigilância dos candidatos a formar parte dos jihadistas. "As falhas de segurança persistentes no exterior fazem com que os deslocamentos sejam mais fáceis", segundo o relatório. "Aumentam a probabilidade" de que os jihadistas que tenham um passaporte europeu e tenham passado por Iraque ou Síria consigam "entrar nos Estados Unidos sem ser detectados.
Segundo o documento, ao menos 4.500 combatentes ocidentais se uniram aos jihadistas.