Nações Unidas, Estados Unidos - A Espanha, que assumirá a presidência do Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira, vê um "cessar-fogo" como o mais "urgente" a alcançar na Síria e defende que Rússia e Bashar Al-Assad têm que participar para alcançá-lo, informou nesta terça-feira seu chanceler José Manuel García-Margallo.
"O urgente do nosso ponto de vista é chegar a um cessar-fogo imediato que permita levar ajuda humanitária aos deslocados internos na Síria que superam neste momento os oito milhões" e ajudar os países vizinhos, disse Margallo em uma coletiva de imprensa na Assembleia Geral da ONU.
A Espanha, atualmente um dos dez membros não permanentes do máximo órgão de decisão das Nações Unidas, assumirá sua presidência das mãos da Rússia, o aliado mais importante do regime de Bashar Al-Assad, enfrentado pelos Estados Unidos, que exige a saída do presidente sírio.
Neste sentido, Margallo afirmou que a Rússia "é um ator importante" e que "deve participar da solução" do conflito que leva mais de quatro anos e meio e que deixou 240 mil mortos.
O ministro das Relações Exteriores espanhol completou que "é óbvio que Bashar Al-Assad tem algo a dizer nesta negociação sobre um cessar-fogo".
"O que deve ser evitado é que as pessoas continuem morrendo lá", advertiu.