postado em 05/10/2015 06:00
Aclamada como o principal fórum internacional para a manutenção da paz, a Organização das Nações Unidas completa 70 anos, neste mês, em meio a críticas sobre sua lentidão e incapacidade de pôr fim a conflitos que se arrastam por anos. Na sessão anual da Assembleia-Geral, aberta na última segunda-feira, os repetidos pedidos de reforma do Conselho de Segurança coincidiram com a intervenção direta da Rússia na guerra civil síria, elevando as preocupações sobre o prolongamento de uma das crises mais sensíveis dos últimos anos. Sem esperanças de solução no horizonte, a luta no país do presidente Bashar Al-Assad engrossa a lista de impasses na história da ONU e alimenta questionamentos sobre sua capacidade de cumprir a missão de guardiã da paz.
Em mais de quatro anos de conflito, e com o fortalecimento de organizações terroristas, a estimativa do número de mortos na Síria já ultrapassa os 250 mil. Cerca de 12 milhões de pessoas ; quase a metade da população ; foram desalojadas, alimentando o fluxo sem precedentes de refugiados que tentam chegar à Europa em busca de segurança. Apesar dos apelos para que se busque uma saída política, tentativas de aprovar uma resolução no Conselho de Segurança foram por Rússia e China, o que colocou em questão o uso do poder de veto.
O caso sírio se soma às fracassadas tentativas de condenar a ocupação israelense em território palestino, de impedir a anexação da Crimeia pela Rússia ou de reconhecer como genocídio o massacre de mais de 8 mil pessoas em Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Na semana passada, uma coalizão de entidades pró-direitos humanos ; que inclui grupos como Anistia Internacional, Human Rights Watch e Global Center for the Responsibility to Protect ; fez um apelo para que o Conselho de Segurança ;assuma sua responsabilidade; em casos de ;atrocidades em massa;.
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