Havana, Cuba - A guerrilha comunista das Farc propôs nesta terça-feira (6/10) a criação de um plano e de um fundo nacionais como parte das "dez propostas mínimas" para garantir o fim do conflito armado com uma paz estável e duradoura na Colômbia.
A criação de um "Plano Nacional para o fim do conflito, a reconciliação nacional e a construção da paz estável e duradoura", bem como a "criação de um Fundo Nacional" com propósitos iguais integram as "10 propostas mínimas" apresentadas à imprensa pela guerrilheira Victoria Sandino.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) esclareceram que estas iniciativas correspondem ao tema "Fim do Conflito", da agenda de paz, que vem sendo antecipada por diferentes comissões de trabalho nas negociações de Havana, iniciadas em novembro de 2012.
Além do plano e do fundo, a proposta abrange a "formalização jurídica das reformas e dos ajustes institucionais necessários para fazer frente aos desafios da construção da paz", a "transformação das Farc em um movimento político", a "redefinição da política de segurança do Estado e o desmonte de estruturas criminosas de contra-insurgência" e "do paramilitarismo".
Abrange, ainda, os temas de um "cessar-fogo e das hostilidades bilateral", reivindicado pelas Farc desde o início das conversações na ilha e da "deposição de armas, entendida como sua não utilização política".
Desde que as negociações começaram, as duas partes, que se comprometeram em 23 de setembro, em Cuba, a assinar a paz antes de 23 de março de 2016 após alcançar um acordo jurídico histórico, acordaram três dos seis pontos da agenda, bem como um programa de retirada de minas e a criação de uma Comissão da Verdade.
O conflito armado colombiano deixou em meio século 220.000 mortos e seis milhões de deslocados, segundo cifras oficiais.