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Mediadores do Diálogo Nacional tunisiano recebem o prêmio Nobel da Paz

Eles foram contemplados por contribuição decisiva à construção de uma democracia pluralista, segundo o comitê Nobel norueguês



Um atentado no museu do Bardo, em março na capital, deixou 22 mortos, e três meses depois, em junho, um ataque deixou 38 mortos em um hotel frequentado por turistas estrangeiros em Sousse (leste). Os dois atos foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Um deputado do Nidaa Toun;s, a primeira força política do país, sobreviveu na quinta-feira a uma tentativa de assassinato em Sousse.

Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, felicitou "o povo tunisiano que proporcionou o nascimento da Primavera Árabe e se esforçou para preservar o sacrifício de tantas pessoas". "O Quarteto do Diálogo Nacional da Tunísia permite tem esperanças de que os enormes desafios políticos podem ser superados por meio de políticas de diálogo e de consenso. O seu exemplo é uma inspiração para a região e para o mundo", declarou Ban.

O Quarteto sucede a adolescente paquistanesa Malala e o indiano Kailash Satyarthi, que receberam o Nobel da Paz de 2014 por seu trabalho a favor da infância. Os vencedores receberão seus prêmios em uma cerimônia que será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte em 1896 do criador do prêmio, Alfred Nobel, cientista e filantropo sueco.

Receberão uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de oito milhões de coroas suecas (860.000 euros, 973.000 dólares). A temporada dos prêmios termina na segunda-feira com o Nobel de Economia.