Agência France-Presse
postado em 16/10/2015 11:20
Wolfsburg, Alemanha - A investigação criminal em curso na Alemanha sobre o caso dos motores adulterados da montadora Volkswagen identificou "menos de dez responsáveis" pela fraude, indicou nesta sexta-feira (16/100) à Agência France Presse (AFP) um porta-voz da promotoria de Brunswick (norte).[SAIBAMAIS]"Mais do que dois, mas consideravelmente menos do que dez" funcionários do grupo de Wolfsburg são suspeitos de estar na origem da instalação em um tipo de motor a diesel de um software que manipulava os resultados de testes de emissões de gases poluentes, declarou o porta-voz, o magistrado Klaus Ziehe.
A promotoria de Brunswick investiga o caso de fraude que abalou a companhia alemã. A Volkswagen admitiu no mês passado que 11 milhões de veículos em todo o mundo foram equipados com o software fraudador.
Na quarta-feira (14/10), a revista Der Spiegel citou um círculo "de pelo menos 30 pessoas" envolvidas na manipulação. A Volkswagen rejeitou o número, que chamou de "infundado".
O novo CEO da montadora, Matthias Müller, anunciou por sua vez na semana passada a demissão de quatro pessoas, "incluindo três diretores responsáveis %u200B%u200Bem diferentes momentos pelo desenvolvimento dos motores".
A imprensa alemã identificou o diretor de desenvolvimento da filial Audi, Ulrich Hackenberg, e seu colega na Porsche, Wolfgang Hatz. A Volkswagen não comentou a notícia.
Além da investigação da justiça alemã, a Volkswagen realiza uma investigação interna sobre o assunto e contratou um escritório de advocacia dos Estados Unidos para ajudar a esclarecer os fatos.