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Merkel pede para que cidadãos evitem quem 'tem ódio no coração'

O objetivo é enfraquecer o movimento islamofóbico Pegida



Em vários países europeus, sobretudo na Áustria, os movimentos populistas estão ganhando espaço. O caso mais recente aconteceu na Suíça, à margem até agora da crise migratória, onde a direita que faz campanha contra a imigração conseguiu um grande avanço nas eleições legislativas de domingo.

A UE, que tenta administrar a crise migratória excepcional protagonizada por centenas de milhares de sírios, afegãos e iraquianos em fuga dos conflitos em seus países, não consegue coordenar a resposta ao desafio.

Nova onda
Merkel se reuniu no domingo com as principais autoridades da Turquia no domingo para negociar o "plano de ação" europeu que pretende envolver Ancara, permitindo que os migrantes, principalmente sírios, permaneçam em seu território.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, elogiou o "melhor enfoque" da UE a respeito do país, que já recebeu dois milhões de refugiados sírios, ao recordar que a Turquia havia sido "deixada sozinha".

Apesar do elogio, Davutoglu advertiu nesta segunda-feira que a Turquia não abrigará imigrantes de forma permanente para acalmar a UE e que o país "não é um campo de concentração".

Merkel e Davutoglu expressaram preocupação com uma "nova onda" de refugiados sírios procedentes da região de de Aleppo, na fronteira com a Turquia, onde avançam as tropas do regime de Damasco.