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Líderes mundiais pedem precificação de emissões de carbono

Colocar preço nas emissões permitiria "reorientar" a economia mundial na direção de fontes de energia mais limpas, limitando o aquecimento global

Agência France-Presse
postado em 19/10/2015 19:53

Washington, Estados Unidos - Líderes mundiais, como François Hollande, Angela Merkel e Michelle Bachelet, pediram em um documento, nesta segunda-feira, que se estabeleça um preço às emissões de carbono, a fim de aumentar o custo das atividades poluentes e conter o aquecimento global.

"Se realmente queremos enviar um sinal aos mercados para que as empresas possam tomar suas decisões nas melhores condições econômicas (...), surge inevitavelmente a questão dos preços do carbono", declarou o presidente francês, François Hollande, a seis semanas da COP21, a conferência do clima que neste ano será realizada em Paris.

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"As tecnologias de baixas emissões de carbono são parte da luta mundial contra as mudanças climática. Se tivermos um preço para o carbono e um mercado mundial de carbono, estaremos apoiando o investimento em tecnologias que respeitam o clima", acrescentou a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a iniciativa coordenada pelo Banco Mundial (BM) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com o documento, assinado também pela presidente chilena Michelle Bachelet e pelo filipino Benigno Aquino, colocar preço nas emissões permitiria "reorientar" a economia mundial na direção de fontes de energia mais limpas, limitando o aquecimento global.

O texto não trata, contudo, de dois grandes temas vinculados ao preço do carbono: um sistema de cotas de emissões de CO2 (como o que está atualmente em vigor na Europa) e um imposto sobre o carbono.

Recentemente, o FMI declarou-se a favor dessa última opção, apesar das reticências da comunidade empresarial.

Segundo o BM, cerca de quarenta países e 23 cidades já estabeleceram um sistema de preços de carbono ou estão dispostos a fazê-lo.

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