Agência France-Presse
postado em 21/10/2015 13:37
O ex-presidente da Assembleia Geral da ONU John Ashe foi acusado de fraude fiscal na noite da terça-feira (21/10) por autoridades norte-americanas, que o consideram suspeito de aceitar mais de um milhão de dólares em subornos de uma rede chinesa.
Ashe, ex-embaixador de Antígua e Barbuda na ONU e presidente da Assembleia de 2013 até setembro de 2014, é acusado de aceitar dinheiro para promover a construção de um centro de conferências do organismo internacional em Macau.
O ex-presidente supostamente aceitou mais de 1,3 milhões de dólares entre 2011 e 2014 de um grupo de cinco pessoas, segundo as acusações do procurador Preet Bharara.
Segundo a lei penal, Ashe não esta sendo processado por corrupção, e sim por evasão fiscal, já que as autoridades estimam que ele deixou de declarar cerca de 1,2 milhões de dólares.
Além de Ashe, foram acusados, entre outros, o principal suspeito da trama Ng Lap Seng, um rico empresário chinês, e Francis Lorenzo, vice-representante permanente da República Dominicana nas Nações Unidas.
A acusação alega que a rede de corrupção estava baseada em Ashe e outros para efetuar a construção de um centro de conferência patrocinado pela ONU em Macau que custaria bilhões de dólares, assim como projetos imobiliários em Antígua e Barbuda.
Ashe apresentou ao secretário-geral da ONU um informe que indicava que o centro de conferências em Macau era necessário. O projeto nunca foi construído.