Jerusalém - Um dono de restaurante judeu israelense contribui à sua maneira para a convivência pacífica ao oferecer um desconto de 50% para que seus clientes judeus e árabes dividam a mesma mesa e degustem um prato de hommus, purê de grão de bico típico do Oriente Médio.
Kobi Tzafrir, que comanda um pequeno restaurante em Kfar Vitkin, ao norte de Tel Aviv, especializado no popular prato, busca promover a convivência entre judeus e árabes, apesar da onda de violência vivida na região desde o início de outubro.
Apesar da incredulidade de muitos palestinos, árabes e judeus, Tzafir persiste e afirma: "Escutei e vi muitas coisas cruéis, tanto da parte dos árabes quanto dos judeus na complicada situação atual. Percebi muito stress e tensão. Mas acredito que temos que viver juntos".
Segundo ele, vários clientes aproveitaram a promoção.
Os árabes israelenses também tentaram comemorar sua contribuição.
Na Cidade Antiga de Acre, ao norte de Israel, os donos do restaurante Al Marsa, Musa Ala e Marwan Sawaed, árabes, convidaram os judeus de um restaurante vizinho para jantar.
"Acre é uma cidade mista e a situação atual no país afeta tanto árabes quanto judeus", explicou Sawaed à AFP.
Desde que começou a nova onda de violência, houve uma ruptura: "os árabes com os árabes, e os judeus com os judeus, e isso afeta a cidade", lamentou. "Devemos viver juntos para encontrarmos uma solução. A mesa é o lugar indicado".
Os árabes israelenses constituem 17,5% da população israelense, e descendem em sua maioria dos palestinos que ficaram no território após a criação do Estado de Israel, em 1948. Costumam ser bastante simpáticos à causa palestina.