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Ex-presidentes latinos pedem libertação de opositor venezuelano

"O promotor deste caso injusto já reconheceu o caso foi falso, que não existem provas contra Leopoldo, que o governo o pressionou", disse o ex-presidente do México

Agência France-Presse
postado em 28/10/2015 11:38
Madri, Espanha - Ex-presidentes latino-americanos pediram nesta quarta-feira em Madri a anulação do processo do líder opositor venezuelano Leopoldo López e reiteraram a necessidade de observadores internacionais durante as eleições legislativas de dezembro no país.

"O promotor deste caso injusto já reconheceu o caso foi falso, que não existem provas contra Leopoldo, que o governo o pressionou", disse o ex-presidente do México Felipe Calderón em uma entrevista coletiva.

Calderón, que estava ao lado de outros ex-presidentes latino-americanos como o boliviano Jorge Quiroga, o colombiano Andrés Pastrana, o chileno Ricardo Lagos e a costarriquenha Laura Chinchilla, se referia às recentes declarações do promotor Franklin Nieves nos Estados Unidos, para onde viajou na semana passada alegando pressões do governo e de seus superiores.

Nieves disse que foi pressionado a usar provas falsas contra López.

"A petição é clara e unânime: libertem Leopoldo López e todos os demais venezuelanos presos", completou Calderón, à margem de um evento sobre o "extremismo violento", organizado pelo Clube de Madri, integrado por ex-presidentes e que se dedica a promover a democracia no mundo.

Os ex-presidentes estavam acompanhado pelo pai do opositor venezuelano, também chamado Leopoldo López, que agradeceu o apoio recebido e considerou "absurdo" que se diga que a família subornou o promotor Franklin Nieves.

López criticou a "indolência" dos governos latino-americanos com o governo de Nicolás Maduro.

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo fez a mesma crítica e afirmou que "o silêncio dos ex-presidentes e dos presidentes em exercício serão julgados pela história como cúmplices de um regime autoritário populista".

E todos voltaram a reiterar a necessidade de observadores internacionais imparciais nas eleições gerais de 6 de dezembro na Venezuela.

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