Um projeto conhecido como Human Library (Biblioteca Humana) incentiva a troca de experiências entre as pessoas. Como o nome já diz, aqueles que têm uma história de vida que possivelmente daria um livro, são voluntários para contar as aventuras a outras pessoas. Na prática, os livros-vivos ficam expostos com os respectivos títulos e as pessoas que se interessam vão escutar as experiências vividas por esse voluntário, de forma interativa, podendo fazer perguntas e críticas.
O projeto surgiu em Copenhague, na Dinamarca, por iniciativa da ONG Stop the Violence! e, este ano, está comemorando 15 anos. De acordo com Ronni Abergel, criador da Biblioteca Humana, as experiências nesses 15 anos de projeto foram positivas e de muito aprendizado. ;É uma ferramenta muito poderosa, realmente funciona. Em uma conversa, pessoas estranhas compartilham e trocam experiências de vida muito pessoais;, diz Ronni. ;É uma quebra de barreiras, onde questões diferentes e desafiadoras sao levantadas.;
A Biblioteca Humana, presente em 70 países, tem um grande acervo de histórias de drama, comédia, suspense e romance. Quando há evento do projeto, os livros-vivos ficam em estandes com os títulos para escolha dos interessados e, de forma interativa, narram as experiências vividas.
São pessoas de todos os tipos de crenças, etnias e opniões, pessoas que passaram por coisas completamente diferentes contam as histórias. Atualmente, algumas histórias disponíveis são: ;Rapaz do Orfanato;, ;Crianças sobreviventes do Holocausto; e ;A história de um cigano;.
Com objetivo de criticar os esteriótipos e preconceitos, o movimento tem o slogan ;Não julgue o livro pela capa;. Ronni explica que ;pessoas reais podem ter conversas reais e desafiar seus estereótipos. O que você acha que sabe sobre alguém pode mudar completamente;. Ainda não há data prevista para a Biblioteca Humana chegar ao Brasil.