Agência France-Presse
postado em 30/10/2015 12:00
A China aceitou a ideia de criar uma zona de proteção no mar de Ross, um dos últimos ecossistemas protegidos no planeta, a Antártida, anunciaram nesta sexta-feira (30/10) os negociadores, que esperam que a Rússia aceite a proposta.A Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCAVMA), que reúne 24 Estados e a União Europeia (UE), celebra desde 19 de outubro sua reunião anual em Hobart, na ilha australiana da Tasmânia. Os delegadas da Comissão têm em suas mãos dois projetos para proteger vastas extensões marítimas em torno do continente gelado da Antártida.
Um dos dois projetos, promovidos pelos Estados Unidos e Nova Zelândia, refere-se ao Mar de Ross. "Até agora, a China não era favorável à criação desta área marinha protegida (AMP), mas por meio de negociações e conversações concordaram em apoiar a AMP no mar de Ross", informou à AFP o chefe da delegação americano, Evan Bloom.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Murray McCully, considerou o apoio da China "um grande passo" e explicou que a proposta procura encontrar um equilíbrio entre os interesses ambientais, científicos e de pesca.
"Saudamos também a afirmação de que a Rússia está aberta a trabalhar no AMP para a próxima reunião do CCAVMA em 2016", disse McCully, em um comunicado.
O Mar de Ross, uma enorme baía do Pacífico sob jurisdição da Nova Zelândia, também conhecido como "o último oceano", uma vez que é considerado o último ecossistema marinho intacto do planeta. A última proposta da AMP no Mar de Ross abrange mais de 1,5 milhões de quilômetros quadrados.