Washington, Estados Unidos - O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira a rejeição ao projeto do oleoduto Keystone XL entre Canadá e Estados Unidos.
"Esse plano não serve aos interesses nacionais dos Estados Unidos", disse Obama na Casa Branca, destacando que o projeto não tem impacto "significativo" na economia dos Estados Unidos a longo prazo.
"O oleoduto não baixará o preço do combustível para os consumidores americanos", acrescentou o presidente. "Transportar petróleo bruto mais sujo para o nosso país não reforça a segurança energética dos Estados Unidos", completou.
Os Estados Unidos analisavam o projeto do oleoduto Keystone XL, transfronteiriço com o Canadá e apresentado pelo grupo TransCanada.
O projeto, de aproximadamente 1.900 km - dos quais 1.400 km passariam pelos Estados Unidos -, permitiria o transporte de petróleo de Alberta, no Canadá, até o centro dos Estados Unidos, em Nebraska, de onde poderia ser distribuído às refinarias do país no golfo do México.
A maioria dos democratas e ONGs ambientalistas se posicionaram contra o projeto, devido aos riscos de derramamento, enquanto os republicanos eram a favor.
Obama disse ter conversado com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, sobre a recusa.
"Embora ele tenha expressado um certa decepção, levando em conta a posição do Canadá, concordamos que o tema global da energia e da mudança climática exige uma maior coordenação entre os países", comentou.
Justin Trudeau confirmou nesta sexta-feira sua decepção com a recusa americana, mas ressaltou os laços bilaterais.
"A relação Canadá-EUA é muito maior do que qualquer projeto e estou ansioso para um novo começo com o presidente (Barack) Obama a fim de estreitarmos nossos fortes laços em um espírito de amizade e cooperação".
A TransCanada, empresa que seria responsável pela execução do projeto, informou que poderá apresentar uma nova proposta.
"A TransCanada continua absolutamente comprometida com a construção desse importante projeto de infraestrutura energética", esclareceu a companhia.
"Vamos rever nossas opções para cumprir potencialmente uma nova proposta", garantiu.