Um milionário e homem de negócios próximo ao Kremlin, foi encontrado morto em um hotel de Washington, informou na noite de sexta-feira (6/11) a rede ABC News, que cita um alto funcionário russo e outro americano.
Mikhail Lesin, ex-ministro russo das Comunicações (1999-2004) e acusado pela oposição de ter controlado e censurado a imprensa no país, foi encontrado morto na quinta-feira no hotel The Dupont Circle.
A Polícia de Washington DC disse à AFP apenas que ocorreu uma morte, às 15H00 local de quinta-feira, na avenida New Hampshire, onde entre outros se encontra o hotel The Dupont Circle, o que é "objeto de uma investigação".
As autoridades americanas informaram o incidente à embaixada russa em Washington. Responsáveis dos dois países investigam as circunstâncias da morte.
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"Lesin morreu. É impossível acreditar", escreveu em sua conta do Twitter Margarita Simonian, chefe de redação da rede de televisão pública RT, que o ex-ministro ajudou a fundar.
Mikhail Lesin tinha 57 anos e morreu de um ataque cardíaco, segundo informou a RT.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas condolências aos familiares do ex-ministro, informou o serviço de imprensa do Kremlin.
"O presidente aprecia a enorme contribuição de Mikhail Lesin na fundação da imprensa contemporânea russa", declarou a jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
O senador republicano do estado do Mississippi (sul) Roger Wicker havia pedido em julho de 2014 uma investigação federal sobre Mikhail Lesin por suspeitas de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos e de estar em contato com pessoas incluídas entre os sancionados pelas autoridades americanas.
Ministro russo das Comunicações entre 1999 e 2004 e assessor de Putin na criação do Rússia Today, Lesin também foi diretor da empresa Gazprom. A morte ocorre em um momento de relações especialmente tensas entre Moscou e Washington.
[SAIBAMAIS]