Sete pessoas feridas no incêndio de uma boate em Bucareste há uma semana morreram, o que aumenta para 41 o balanço oficial de vítimas fatais da tragédia.
Dois feridos, um romeno e um italiano, morreram na Holanda, para onde haviam sido transferidos para receber tratamento, anunciou o primeiro-ministro interino da Romênia, Sorin Campeanu, em coletiva de imprensa do governo. Outras cinco pessoas que tinham queimaduras graves e problemas respiratórios não resistiram aos ferimentos em hospitais de Bucareste, segundo o secretário de Estado do Interior, Raed Arafat.
[SAIBAMAIS]Uma centena de pessoas, em sua maioria jovens, continuam hospitalizadas, 47 delas em estado "grave e crítico", segundo o governo. O violento incêndio aconteceu em 30 de outubro durante um espetáculo pirotécnico em um show de um grupo de rock.
Os primeiros elementos da investigação mostraram várias irregularidades no cumprimento das normas de segurança, inclusive a ausência de saídas de emergência e o uso de materiais inflamáveis para o isolamento acústico.
Os três proprietários da discoteca, que estão detidos e acusados de homicídio culposo, também não tinham as autorizações necessárias para realizarem shows, e menos ainda espetáculos pirotécnicos.
O acidente provocou manifestações sem precedentes contra a corrupção da classe política, considerada responsável pela tragédia.
O primeiro-ministro social-democrata Victor Ponta, sob pressão há meses por seus problemas com a justiça, renunciou na última quarta-feira. Na sexta-feira, cerca de 15.000 romenos, muitos deles jovens, saíram às ruas em Bucareste e em outras cidades pelo quarto dia consecutivo para exigir uma mudança profunda da sociedade romena.