Moscou, Rússia - O premiê russo, Dmitri Medvedev, admitiu nesta segunda-feira (9/11) que o avião russo que caiu no Egito com 224 pessoas a bordo possivelmente foi alvo de um "ato terrorista".
"A possibilidade de um ato terrorista é considerada", disse o premiê, em entrevista ao jornal estatal Rossiiskaia Gazeta, publicado nesta segunda-feira.
Londres e Washington, assim como os investigadores internacionais, suspeitam que uma bomba tenha explodido a bordo do avião depois que a aeronave decolou do balneário egípcio de Sharm el Sheikh, rumo a São Petersburgo, no sábado, 31 de outubro.
Até agora, a Rússia não quis atribuir o ocorrido a um atentado, mas o presidente Vladimir Putin cancelou na sexta-feira os voos russos para o Egito.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assegurou ter derrubado o avião em represália aos bombardeios russos na Síria, mas não explicou como o fez.
Medvedev disse que 80.000 turistas russos estavam no Egito quando Putin ordenou a suspensão dos voos para o país.
Desde a sexta-feira, 25.000 foram repatriados de Sharm el Sheilh, balneário de Hurghada e do Cairo, em voos especiais.
A Rússia precisará de mais duas semanas para repatriar todos os turistas, disse Medvedev.