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Premier britânico apresenta quatro demandas para permanecer na UE

Entre as exigências, o governo pede para ser o responsável por impor limites à imigração dentro da Europa

Agência France-Presse
postado em 10/11/2015 08:39
James Cameron busca uma União Europeia mais fiel aos ideais ingleses

Londres, Reino Unido -
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, apresentou nesta terça-feira a Bruxelas suas quatro demandas para pedir o voto a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) no referendo que deve acontecer até o fim de 2017.

[SAIBAMAIS]Cameron solicita a proteção dos direitos dos países da UE que não integram a Eurozona; que o Reino Unido fique de fora das próximas etapas para uma integração europeia maior; o fortalecimento da competitividade do mercado único e, por fim, permissão para que Londres imponha limites à imigração dentro da Europa.

O premier enumerou suas condições em um discurso na Chatham House, uma prestigiosa organização de debates britânica, e enviará uma carta com as demandas ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O primeiro-ministro expressou sua confiança em obter seus objetivos, mas esclareceu desejar que as reformas "sejam legalmente vinculantes e irreversíveis", e que "não se limitem a boas palavras".

"Tenho toda a confiança de que conseguiremos um bom acordo para o Reino Unido e para seus sócios europeus", afirmou.

"Não duvido que, com paciência, boa vontade e boa fé, isso pode ser conseguido. E assim poderemos fazer do Reino Unido e do conjunto da Europa lugares mais prósperos para as futuras gerações", argumentou.

No entanto, Cameron avisou que, se não conseguir as reformas que pretende, haverá consequências. "Se fizerem ouvidos surdos às demandas britânicas, teremos de considerar se a União Europeia é boa para nós", alertou.



Todos os analistas concordam que a exigência mais difícil diz respeito à limitação das ajudas sociais aos migrantes europeus e diretamente a sua chegada, porque esbarram com o princípio de não discriminação de cidadãs europeus, independente do país em que se encontrem.

"Acreditamos em uma economia abeta para termos de poder lidar com as pressões que supõe o livre movimento" nas escolas e em outros serviços públicos, justificou Cameron, particularmente "em um momento em que as escolas publicas estão sob enorme pressão".

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